Ensinar matemática para alunos com grandes dificuldades — ou como muitos pais dizem, “analfabetos em matemática” — é um dos maiores desafios da educação. Esses estudantes, muitas vezes, carregam traumas, inseguranças e um histórico de fracassos que os fazem acreditar que nunca serão capazes de aprender. Mas isso não é verdade. Com as estratégias certas, é possível reverter esse quadro e abrir portas para uma nova relação com a matemática.
1. Comece pela base – e com respeito ao tempo de cada um
Alunos que não sabem o básico — como contar, somar ou identificar números — precisam de um recomeço sem julgamentos. O ideal é voltar aos conceitos iniciais e trabalhá-los com paciência. Nada de correr. Utilize materiais concretos, jogos e situações do cotidiano. Por exemplo, usar tampinhas para contar ou brincar de mercadinho ajuda muito na compreensão de valores numéricos e operações simples.
2. Torne a matemática visual e interativa
Sites como www.numerozinho.com.br foram pensados exatamente para esse público. A plataforma oferece quizzes, desafios e jogos simples que ensinam com leveza e alegria. Outras ferramentas como o Matific e o Khan Academy também são ótimas opções — com vídeos explicativos, atividades progressivas e trilhas personalizadas de aprendizado.
3. Contextualize: a matemática precisa fazer sentido
Muitos alunos com dificuldades veem a matemática como um conjunto de regras sem sentido. Para mudar isso, leve o conteúdo para a realidade do aluno. Use exemplos como o troco na padaria, o tempo da novela ou a quantidade de ingredientes de uma receita. A matemática está em tudo, e mostrar isso ajuda o aluno a perceber que ela é útil — e possível.
4. Erro não é fracasso — é parte do processo
Uma das chaves para ensinar quem tem medo da matemática é mudar a relação com o erro. O erro deve ser valorizado como uma etapa da aprendizagem, e não motivo de vergonha. Mostre ao aluno que errar é sinal de que ele está tentando, e que cada tentativa o aproxima da resposta correta. Crie um ambiente seguro, onde ele possa arriscar sem medo.
5. Use a tecnologia como aliada
Além do numerozinho.com.br, há aplicativos como o Geogebra, que ajudam a visualizar expressões e gráficos; o Matemateca da USP, com experiências interativas; e o Mundo da Leitura, que integra matemática com leitura e criatividade. A tecnologia pode tornar o ensino mais lúdico, acessível e inclusivo.
6. Celebre cada conquista
Para o aluno que não sabia nem contar até dez, resolver uma subtração é uma vitória gigante. Reconheça, elogie e valorize essas conquistas. Pequenas vitórias constroem autoconfiança — e alunos confiantes aprendem melhor.